Um retrato teu na pós-modernidade

O eu ser feliz
Somente como
As selvagens flores astrais
Podem ser

.
O eu acordada
Com a divinal graça do alvor
Em um novíssimo dia
Ao lado teu
.
Um sorriso ameno
E um abraço eufônico teu
Eu só posso ser feliz
Como as álgidas negras flores
Podem ser
.
O eu acordada
Com o alvor do astro rei
Em um novíssimo dia
Ao lado teu
.
Não! Não sensualize assim
Somente feche as nevoentas cortinas
Não! Não venha me embair
Somente apague
Todas as sibilinas luzes
Dispa-se
De todas as fluídas mentiras
E de todas as infindáveis
Desculpas abstratas
E débeis hipérboles afins
.
O eu-ser feliz
Como as imaculadas flores vagas
Podem o ser
Como um sonho bom
Uma quimera que nasceu
E morre em nanosegundos