Curiosidades – Maio

Nosso calendário, o Gregoriano, foi construído sobre um calendário mais antigo, o Juliano. Este, por sua vez, é um aprimoramento do calendário original romano, criado por Rômulo, primeiro rei de Roma, quando da fundação da Cidade Eterna.

Rômulo teve uma ideia inusitada. Criou um ano com dez meses, que começava em março (martius, em latim).

Nesse calendário romulano, o terceiro mês chamava-se Maius, que deriva de Maia, a deusa romana do crescimento. Faz todo o sentido, do ponto de vista sazonal, uma vez que em Roma esse mês denota o auge da Primavera.

Logo após o desabrochar das flores (no mês de Aprilis, cujo nome vem de “abrir”) as flores se abrem e depois, naturalmente, crescem; tornam-se maiores (justamente o termo romano – “maior” – que deu origem ao nome da deusa Maia). Deusa Maia, que dá origem ao mês de maio. Arte de autor desconhecido. Sempre é bom lembrar que os gregos também possuíam uma deusa Maia, filha de Atlas e Pleione, a mais velha das Plêiades.

Originalmente, a Maia romana não é a mesma divindade que a Maia grega, mas com a helenização da cultura romana, a sincretização das duas figuras (facilitada pelo fato de serem homônimas) se consolidou. Uma corrente minoritária de estudiosos defende uma origem mais mundana para o nome Maius: ele vem diretamente de “maiores”, em uma homenagem aos nossos antepassados. (Nessa mesma linha, Junius, seria uma alusão à nossa prole, ao futuro, aos “juniores”.)

 

 

Homenagem – Nélida Piñon

Nélida Cuinãs Piñon nasceu no bairro de Vila Isabel, Rio de Janeiro em 03/05/1937. Seus pais, o comerciante Lino Piñon Muíños e Olívia Carmem Cuíñas Piñon são originários da Galícia, do conselho de Cotobade, na Espanha.

Seu nome é um anagrama do nome do avô Daniel. Ainda criança era estimulada para a leitura e já escrevia pequenas histórias. Com 4 anos mudou-se para o bairro de Copacabana. Em seguida morou no Botafogo, quando estudou no Colégio Santo Amaro.

Com nove anos, Nélida já frequentava o Teatro Municipal. Com 10 anos fez sua primeira viagem à terra de seus pais, onde ficou durante quase dois anos.

Na adolescência, morou no Leblon. Estudou Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Com 20 anos perdeu o pai, grande responsável por sua formação como escritora.

Em 1961, Nélida estreou na literatura com o romance, “Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo”, que fala de temas como pecado, perdão e da relação dos mortais com Deus através do diálogo entre o protagonista e seu anjo da guarda.

Em 1963 publicou seu segundo livro “Madeira Feito Cruz”. Em 1965, viajou para os Estados Unidos com a bolsa “Leader Grant”, concedida pelo Governo norte-americano.

Entre 1966 e 1967, Nélida trabalhou como editora assistente da revista Cadernos Brasileiros.

Em 1970 inaugurou e foi a primeira professora da cadeira de Criação Literária da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Entre 1976 e 1993 foi membro do Conselho Consultivo da revista Tempo Brasileiro.

Em 1990 foi eleita para a cadeira n.º 30 da Academia Brasileira de Letras. Em 1996 foi a primeira mulher eleita para presidir a ABL por ocasião do seu primeiro centenário.

Entre 1990 e 2003, foi titular da Cátedra Henry Kin Stanford em Humanidades, da Universidade de Miami, onde realizou cursos, debates, encontros e conferência.

Nélida foi escritora-visitante da Universidade de Harvard, da Columbia, de Georgetown, de Johns Hopkins, entre outras.

Ao longo de sua carreira, Nélida colaborou com diversas publicações nacionais e estrangeiras. Seus contos foram publicados em diversas revistas e fazem parte de antologias brasileiras e estrangeiras.

A obra de Nélida Piñon foi traduzida para diversos países, entre eles, Alemanha, Espanha, Itália, Estados Unidos, Cuba, União Soviética e Nicarágua.

No dia 9 de novembro de 2011, em sua homenagem foi inaugurada em Salvador, Bahia, a Biblioteca Nélida Piñon, a primeira biblioteca do Instituto Cervantes que recebeu o nome de um escritor de língua não hispânica.

Em outubro de 2014 por iniciativa do Concello de Cotobade, com a colaboração da Conselleria de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria da Xunta de Galícia, foi lançado o “Prêmio Nélida Piñon”.

Em outubro de 2015 foi inaugurada em Cotobade, Galícia, terra de sua família. A Casa de Cultura Nélida Piñon.

Nélida Piñon faleceu em Lisboa, Portugal, onde estava morando, no dia 17 de dezembro de 2022

Prêmios Literários
Prêmio Walmap com o romance “Fundador” (1970)
Prêmio Mário de Andrade com o romance “A Casa da Paixão” (1973)
Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte
Prêmio Ficção Pen Clube com o romance “A República dos Sonhos” (1985) Prêmio Golfinho de Ouro pelo conjunto da Obra (1990)
Prêmio Jabuti – Melhor Romance de 2005 e Melhor Livro do Ano na Categoria Geral (2005) por “Vozes do Deserto”Prêmio Juan Rulfo, no México
Prêmio Jorge Isaacs, na Colômbia
Prêmio Rosalia de Castro, na Espanha
Prêmio Gabriela Mistral, no Chile
Prêmio Puterbaugh, nos Estados Unidos
Prêmio Menéndez Pelayo da Espanha
Prêmio Príncipe de Astúrias pelo Conjunto da Obra (2005)
Doutor Honoris Causa
Doutor Honoris Causa da Universidade de Poitiers, França
Doutor Honoris Causa da Universidade de Santiago de Compostela, Espanha
Doutor Honoris Causa da Florida Atlantic University, EUA
Doutor Honoris Causa da Universidade de Montreal, Canadá
Doutor Honoris Causa da Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre

Obras de Nélida Piñon
Guia-Mapa de Gabriel Arcanjo (1961)
Madeira Feita Cruz (1963)
Tempos das Frutas: contos (1966)
Fundador (1969)
A Casa da Paixão (1972)
Tebas do Meu Coração (1974)
A Força do Destino (1977)
O Calor das Coisas (1980)
Sala das Armas (1983)
A República dos Sonhos (1984)
Canção de Caetana (1987)
O Pão de Cada Dia (1994)
Até Amanhã, Outra Vez (1999)
A Roda do Vento (1998)
Vozes do Deserto (2004)
Aprendiz de Homero; ensaio (2008)
Coração andarilho: memória (2009)
Livro das Horas: memória (2012)
A Camisa do Marido (2014)
Filhos da América (2016)
Uma Furtiva Lágrima (2019)
Um Dia Chegarei a Sagres (2020)

 

 

Fonte: ebiografia.com

Maio – fatos históricos e datas comemorativas (2)

Dia 11 – Morte do compositor, regente e regente paulista José Maria de Abreu e do cantor, compositor e guitarrista jamaicano Robert Nesta Marley, o Bob Marley.

Fundação da Igreja Positivista do Brasil, por Miguel Lemos.

Dia 12 – Nascimento da cantora, compositora e produtora norte-americana, de ascendência portuguesa e brasileira Isabel Gilberto de Oliveira, a Bebel Gilberto. e atriz fluminense Ruth de Souza, primeira atriz negra a protagonizar uma telenovela.

Morte do futebolista fluminense Waldir Pereira, o Didi que defendeu a Seleção Brasileira em três Copas do Mundo (1954, 1958 e 1962), sendo campeão das duas últimas.

Norge (da Noruega) torna-se o primeiro dirigível a sobrevoar o Polo Norte.

Dia Internacional da Enfermagem.

Dia 13 – Nascimento do jornalista e escritor fluminense Lima Barreto, autor, dentre outros, do clássico Triste Fim de Policarpo Quaresma.

Tentativa de assassinato do papa João Paulo II, por Mehmet Ali Ağca, um terrorista turco.

Dia da Abolição da Escravatura no Brasil.

Dia dos Pretos Velhos.

Dia 14 – Prisão e morte do militante Stuart Edgar Angel Jones, do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), na Base Aérea do Galeão.

Dia 15 – Nascimento do escritor, roteirista e produtor de cinema estadunidense L. Frank Baum, criador de um dos mais populares livros escritos na literatura americana infantil, O Mágico de Oz.

Dia Internacional da Latinidade – comemoração de países latinos, instituída por representantes de 36 países, com o fim de preservar as diferentes identidades nacionais e suas comunidades linguísticas e culturais.

Dia Internacional das Famílias – comemoração instituída pela ONU.

Dia 16 – Dia Internacional das Histórias de Vida – data criada pela Rede Internacional de Museus da Pessoa (Brasil, Portugal, EUA e Canadá) e o Center for Digital Storytelling (EUA).

Fundação do jornal diário vespertino A Gazeta, fundado por Adolfo Araújo em São Paulo.

Dia 17 – Nascimento do folclorista, músico e escritor paranaense Brasílio Itiberê da Cunha Luz, que morando no Rio de Janeiro, participou de movimentos literários e ajudou a fundar a revista Festa (revista modernista). Com os conselhos de Villa-Lobos e Pixinguinha, abandonou a engenharia para dedicar-se à música, do compositor e pianista francês Erik Satie, da cantora fluminense Helena de Lima e da cantora, compositora, produtora, e musicista irlandesa Eithne Pádraigín Ní Bhraonáin, a Enya, conhecida como a rainha do new age.

Dia Internacional de Luta contra a Homofobia e Transfobia – celebração para marcar a data de 17 de maio de 1990, em que a Organização Mundial de Saúde decidiu suprimir a homossexualidade como doença mental da lista de patologias registradas no Manual de Diagnóstico e Estatística de Desordens Mentais.

Dia Mundial das Telecomunicações e Sociedade da Informação, conhecido popularmente como Dia Mundial da Internet – instituída em 17 de maio de 2005 em uma Assembleia Geral da ONU na Tunísia, com o fim de destacar as possibilidades oferecidas pelas novas tecnologias para melhorar o padrão de vida dos povos e dos cidadãos.

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Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br