Antes: pacata, tranquila;
hoje: um complexo pujante…
– Tempo, devolva-me a vila
que embalou meu sonho infante!…
(José Ouverney – Pindamonhangaba/SP)
Ah! Minha vila querida,
onde eu podia e não fiz
dos pedaços desta vida,
o pedaço mais feliz!
(Jaime Pina da Silveira – São Paulo/SP)
Rochedos… dantes desertos,
hoje, uma vila a brilhar,
que ergue seus braços abertos
a cada abraço do mar.
(Francisco Gabriel – Natal/RN)
A estrada de terra… o rio…
a capelinha… e, à distância,
minha escola e o casario…
A vila da minha infância.
(Terezinha Dieguez Brisolla – Pinheiros/SP)
Em silentes madrugadas,
a memória, sem piedade,
me encaminha, de mãos dadas,
pela vila da saudade.
(Maurício Cavalheiro – Pindamonhagaba/SP)
De vila em vila foi feito
este país-continente.
Cada uma, de algum jeito,
guarda um pouquinho da gente.
(Antônio Augusto de Assis – Maringá/PR)
No tempo a vila resiste,
e o seu encanto de outrora
esconde um menino triste,
num velho que agora chora…
(Paolo Giovanelli – Nova Friburgo/RJ)
Quando a lembrança se expande,
projetando a velha cena,
percebo como era grande
a vilazinha pequena!…
(Heder Rubens Silveira e Souza – Chapecó/SC)
Tantas vezes posta à prova,
superando-se em teus brilhos,
Vila Velha, és sempre nova,
nos corações dos teus filhos!
(José Ouverney – Pindamonhagaba/SP)
Resta a lembrança tranquila,
uma saudade perene,
depois que o sino da vila
fez um silêncio solene.
(Messias da Rocha – Juiz de Fora/MG)
Fonte: FALANDO DE TROVA