A cidade das chuvas

Na cidade das chuvas
Ela decidiu ganhar as ruas
Em um ledo dia de sol

Aquela jubiloso dia de sol
Ela toda radiante
Vestiu o que de melhor tinha
Seu sorriso perolado
Em um diáfono vestido floral

Na cidade das chuvas
Justamente naquele dia de sol
Ela ganhou as ruas dissolutas


E foi se reunir
Com o que melhor existe
Na vastidão cósmica sem fim
Foi se encontrar consigo mesma

Sobre o amor

Tente entender,
Não há versões nem aversões definitivas,
Talvez, reações intempestivas
De alguém que já sofreu por amor.
Não há respostas explicativas,
Nem perguntas proibidas
Para quem já sofreu por amor.

Tente compreender
Toda alma já tem traçado o seu caminho,
Toda rosa, por mais bonita, tem espinhos,
Todo mundo já sofreu por amor.
Existe alguém na espera de seu carinho,
Além do muro pode haver algum vizinho
Que espera encontrar um grande amor.

Tente aprender
Definitivamente e da forma mais precisa,
Que na realidade a felicidade se localiza
No coração de quem entendeu o que é o amor.
E que a saudade, chega tempestade e parte brisa,
E um coração por mais ferido cicatriza
Quando, enfim, fica repleto de amor.

 

Poema

Deixe que o tempo lá fora espere
Venha fazer a minha cabeça
Eu quero teu cheiro grudado na pele
Eu quero a tua presença.

Dê-me teus sinais, as tuas virtudes
Minha vida de ponta cabeça.
O amor só se faz com mais atitude
Onde a dor da saudade não cresça.

Enfim, chega dos meus devaneios,
Eu sonho acordado e me prendo
No sótão do meu pesadelo
É a vida cobrando e mordendo…

Quando o sangue parece estancar
Vem logo outro baque certeiro
No coração que não quer mais pulsar
Só espalhar tua dor no terreiro.

Então, me aconchego em teus braços,
E sussurro teu nome baixinho
Te sirvo, do meu peito, um pedaço
E te amo bem devagarzinho!